sexta-feira, 26 de novembro de 2010

primeira carta.

Já sinto o cheiro a Natal. cheira-me a canela e a azevinho, se é que o azevinho tem cheiro. nunca reparei atentamente se gostas do Natal. já agora gostas do Natal? fica aqui a questão. sabes que sou muito, bastante distraída. às vezes esqueço-me de onde estou. já agora, do que é que eu estava a falar? pois.. do Natal. Sinceramente acho que adoro o Natal. não é tão sensacional, a magia que ele proporciona? As luzes, os sorrisos, os enfeites, os doces, as prendas mas sobretudo as pessoas reunidas como nunca se vê durante o ano todo. Quando eu lançar o meu próprio dicionário colocarei como sinónimo de Natal "época de fraternidade" porque não? Acho bastante possível. Mas agora que penso bem, nunca deste valor ao Natal, ficas triste. sombria e com uma certa palidez. Eu bem sei que te traz más recordações porque eu também nunca me esqueci. mas conheces-me muito bem. e sabes que ultrapasso tudo rapidamente, bem.. não é bem tudo. porque o tudo é muito extenso e a extensão tem muitas vírgulas e interrogações. Mas quero que saibas e que te lembres que no Natal, principalmente no Natal, eu estou aqui. e sempre estive para apagar as vírgulas e suavizar os pontos curvos. Naquela vez, adormeci à tua beira. e quando acordamos não passara de um sonho mau onde tudo tinha sido mesmo isso, um sonho, um pesadelo que por acaso alcançou a realidade. mas eu e tu sabemos que não podemos alterar o que é real. mas descansa: foi só um sonho - disse eu.

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