quarta-feira, 27 de outubro de 2010

sad moment.

"Sinto o coração a mil. Como se fosse explodir instantaneamente. E sinto que vai mesmo. Ele perdeu a consciência do batimento habitual, ele perdeu-se no meio de tantas respirações forçadas como se me arrebentassem a alma. Tenho uma dor tão forte e tão insuportável que até posso afirmar que se baixar os braços, faleço. Ai, não quero pronunciar tal palavra porque nem consigo. Por isso escrevo. Escrevo compulsivamente porque não tenho controlo em mim. Pareço uma máquina ligada no máximo. Escrevo, porque não tenho mais nada para fazer para além de respirar, respirar bem fundo. Apercebo-me que o ser humano é um robot de sua alma. Transporta consigo um motor que o faz mover, abrandar, acelerar. Neste momento, como devem supor o meu suposto motor está acelerado, quase a atingir a velocidade máxima. Dói-me a caixa torácica. Se é que ainda a tenho, sinceramente acho que a gastei com tantas expirações e inspirações forçadas.
Disse à minha mãe que estava bem. Não podia dizer-lhe que continuo a estar mal. Era demais para ela. Desde as cinco da manhã que lhe tirei o sono. E eu, já nem isso tenho. A dor roubou-mo. Só peço a alguém, superior ou inferior (não sou esquisita) que me faça esquecer o primeiro e o segundo dia disto, e ah, que não venho o terceiro porque senão morro mesmo."

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